A morte de Washington Olivetto pede um balanço sobre a propaganda e o marketing na atualidade. Fundamentalmentejoguinho que não precisa baixar, discordo que hoje em dia "tudo seja marketing". Uma evidência do contrário pode ser vista nas corporações.
Até cerca de 2010, era muito comum o VP de marketing se tornar CEO. Mas a prática foi declinando e, hoje em dia, operações, finanças e tecnologia são as áreas de onde vêm a maioria dos CEOs. Comunicar e vender perderam status em função da quantificação algorítmica.
O fenômeno é ainda mais forte na pessoa física. Uma evidência é a crescente incompreensão do que é placebo, a qual afeta negativamente os pacientes de diferentes especialidades. Placebo não é ausência de efeito, ou efeito fake, mas efeito 100% real, que acontece através de mecanismos fisiológicos desconhecidos.
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jogo do tigreCerta vez perguntaram ao Merleau-Ponty o que é o inconsciente. Ele disse que não se trata de instância trancada no almoxarifado da mente, mas de um véu entre o mundo e consciência. Esse véu está se desfiando em função da crescente hegemonia das dimensões mensuráveis, eliminando olhares admirados e outros tipos de almoços grátis.
A percepção estimulada pelo marketing é a de que você é importante. Um exemplo é a poltrona pesada na sala do psicanalista. Ninguém vai lá por isso, mas quando ela está ausente, o paciente desconfia de que não se trata de um bom profissional. É o mesmo princípio que explica por que diamantes se popularizaram.
Não é que a De Beers criou uma campanha convencendo as pessoas de sua suposta eternidade. A campanha é que só pegou porque não tem nada mais frívolo do ponto de vista de um marido do que um diamante, do que segue que é preciso amar muito a esposa para presenteá-la com um. Isso tornou a compra obrigatória nos tempos da televisão.
A partir do início da segunda décadajoguinho que não precisa baixar, a comunicação de massa migrou intensamente para os celulares. Os comerciais elaborados do horário nobre da televisão começaram a rarear, e o raciocínio hegemônico passou a ser o da exposição temporalizada de ofertas à fugacidade do consumidor, o que ficou conhecido como economia da atenção e do clique.